Artigo do presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, foi publicado na coluna do jornalista Matheus Leitão, da revista Veja, nesta quarta-feira (24).

No texto, Takemoto critica programas sociais do governo de Jair Bolsonaro, especialmente o desvirtuamento do objetivo de assistir a quem mais precisa. Com a crise econômica em todo o país, as altas taxas de desemprego e o avanço da informalidade, o Auxílio Brasil, que deveria ajudar as famílias de menor renda a enfrentar a crise financeira, passa a ser um motivo para se endividarem junto aos bancos.

Para Takemoto, a possibilidade do empréstimo consignado aos beneficiários do programa é um risco aos mais vulneráveis. Takemoto citou pesquisas que mostram o índice de inadimplência e endividamento de famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, que chega a 78,8%

“Em vez de socorrer os necessitados em meio à crise, o governo conseguiu transformar o Auxílio Brasil em mais uma forma de dificultar a situação econômica dos pobres. O decreto que regulamenta os consignados para beneficiários do programa exime a União de qualquer responsabilidade em caso de não pagamento do empréstimo, e nem sequer cria limites para cobrança de juros”, analisou o presidente da Fenae.

O presidente da Fenae também criticou outras políticas públicas do governo, operadas pela Caixa, como o Casa Verde e Amarela, que substituiu o exitoso Minha Casa Minha Vida. A mudança implementada por Bolsonaro provocou um verdadeiro esvaziamento do acesso à moradia para a população de menor renda, a chamada Faixa 1.

“É lamentável ver alguns dos mais renomados programas do banco serem esvaziados dessa forma”, disse. “Precisamos urgentemente nos afastar das políticas baseadas em lógicas de consumo, a serviço dos ricos e das grandes empresas – marca do governo Bolsonaro”, analisou Takemoto.

Leia o artigo publicado pela revista Veja, na íntegra