A educação é a principal ferramenta para assegurar um futuro com mais dignidade e oportunidades para qualquer ser humano. Com esse propósito, o projeto Educar para a Paz, uma iniciativa da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e da Apcef/SC, oferece aulas de reforço escolar a crianças em situação de vulnerabilidade social no bairro Brejarú, em Palhoça (SC).

Desenvolvido em parceria com a ONG Moradia e Cidadania, o projeto foi selecionado pelo edital 004 da Fenae e atualmente beneficia cerca de 200 alunos do 2.º ao 5.º ano do ensino fundamental, estudantes da Escola Professor Benonívio João Martins, localizada na região metropolitana de Florianópolis. As atividades são voltadas a melhorar o desempenho dos alunos em matemática e língua portuguesa, além de incentivar o desenvolvimento de competências artísticas e esportivas.

Além das aulas de reforço, o projeto também desenvolve ações com as mães das crianças atendidas, com foco na prevenção e no combate à violência contra a mulher. Recentemente, foi criado o grupo Mulheres pela Paz, que promove encontros semanais e atividades de integração por meio da biodança — prática que estimula aspectos como vitalidade, afetividade, sexualidade, criatividade e transcendência.

Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, o projeto é mais uma forma de reconhecer que crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social fazem parte de uma sociedade ampla e diversificada, embora estruturalmente desigual, e têm papel ativo na transformação coletiva.

“É muito gratificante presenciar o que estamos fazendo com esses jovens da comunidade. Temos consciência de que, ao trabalhar com a educação das crianças, estamos ensinando muito mais do que o currículo escolar prevê. Estamos oferecendo a elas a possibilidade de ter um futuro melhor, mais justo e com igualdade de oportunidades”, reforça Takemoto.

Já para o presidente da Apcef/SC, Marcelo Boing, o trabalho das entidades é fundamental para a transformação social dos jovens atendidos. “Essas iniciativas refletem o profundo compromisso da entidade com o futuro das crianças em situação de vulnerabilidade social, oferecendo oportunidades e esperança. A união entre a ONG Moradia e Cidadania, a Fenae e a Apcef nasce do desejo genuíno de transformar realidades e construir, juntos, um mundo mais humano, justo e solidário”, afirma Boing.

A iniciativa, fruto do projeto Educar para a Paz, tem fortalecido os vínculos entre escola e comunidade, promovendo bem-estar emocional, autoestima e senso de pertencimento entre mulheres que, muitas vezes, enfrentam jornadas marcadas por sobrecarga, isolamento e violência. Márcio Piazza, coordenador estadual da Ong Moradia e Cidadania, reforça que a iniciativa faz parte das estratégias para combater a evasão escolar e a distorção idade-série, além de investir em ações voltadas às famílias dos estudantes, como a biodança. Segundo ele, muitas das atendidas vivem em contextos marcados por relações abusivas, silenciamento e isolamento social.

“A biodança tem se revelado uma ferramenta poderosa de transformação. É um espaço onde essas mulheres podem se reencontrar, recuperar a autoestima e perceber que não estão sozinhas. Muitas delas chegam em silêncio, mas com o tempo começam a sorrir, a falar, a se movimentar. Isso reflete diretamente no relacionamento com os filhos e com a escola. É o tipo de impacto que vai além do individual. Transforma a comunidade como um todo”, destaca Piazza

Transformações que inspiram

A diretora da Escola Benonívio, Solange Maria Antunes dos Santos Padilha, não esconde o entusiasmo com os frutos que o projeto Educar para a Paz já começa a colher. “É muito gratificante ver os resultados ganhando forma. O projeto tem semeado valores fundamentais para a convivência e está contribuindo de maneira significativa na formação de cidadãos mais conscientes e preparados para a vida em sociedade”, comemora.

Quem também percebe de perto essa transformação é o professor de reforço escolar e educador social Felipe Peres da Rosa. “As mudanças já são visíveis no dia a dia da escola. Os alunos estão mais abertos ao diálogo, ao respeito mútuo, e isso tem refletido diretamente no envolvimento deles com o aprendizado. É bonito ver esse crescimento acontecendo”, destaca Felipe.

Futuro Brilhar

Para fortalecer a campanha e ampliar o engajamento de empregados da Caixa, aposentados, pensionistas e da sociedade civil em geral, acesse o site Futuro Brilhar (www.fenae.org.br/futurobrilhar). Na plataforma, os doadores encontram informações sobre a campanha, os projetos em andamento e notícias relacionadas.