A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) parabeniza cada empregado e cada empregada pelo aumento de 71,5% no lucro líquido recorrente construído no primeiro trimestre de 2025. Para Sergio Takemoto, presidente da Fenae, esse resultado excelente é fruto do nosso esforço pelo banco público e social, afirmando aguardar que tal trabalho coletivo seja retribuído na mesma medida pela diretoria da instituição financeira pública, com o fim do teto e o reajuste zero no Saúde Caixa.

Os números consolidados de desempenho da Caixa foram apresentados na manhã desta quinta-feira (5) e se referem a receitas que, segundo relatório financeiro da própria Caixa, foram impactadas pela Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 4.966/21, que entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025. Esse lucro foi de R$ 4,9 bilhões, aumento de 71,5% em comparação ao mesmo período de 2024, e de 7,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O lucro líquido contábil alcançou R$ 5,8 bilhões, 133,9% maior em 12 meses e de 27,5% no trimestre. As receitas com prestação de serviços diminuíram -1,4% na variação de um ano e -11,5% no trimestre. A provisão para perdas esperadas recuou 57,7% em 12 meses, e 55% no trimestre. 

Para Takemoto, o aumento do lucro da Caixa comprova que o banco tem ampla folga financeira para dar melhores condições de trabalho e resolver o problema do Saúde Caixa, com retirada do teto e reajuste zero no plano. Segundo ele, esse resultado positivo é mérito dos empregados e mostra a necessidade de investimento tecnológico de melhoria de processo e urgência no cuidado com o verdadeiro responsável pelo desempenho, o pessoal do banco público.

Segundo o presidente da Fenae, mais uma vez, a contratação de novos empregados é fundamental para garantir condições decentes de trabalho no banco. “Essa urgência se faz presente em um momento em que o número de afastamentos por saúde mental e comportamental aumentou 32% de 2023 para 2024, e 121% quando comparado com 2021”, avaliou. Por fim, Sergio Takemoto fez o seguinte alerta: “O lucro não pode vir às custas da saúde do empregado e da empregada. Esse ciclo de adoecimento e normalização de ambiente de trabalho contagioso precisa ser interrompido. A Caixa que queremos é o banco público forte, ativo e que seja, de fato, humanizado”.

Mais informações sobre o balanço da Caixa 

De acordo com o balanço anunciado pela Caixa, o total do ativo aumentou 11,1% no período de um ano, atingindo R$ 2,091 trilhões no primeiro trimestre de 2025. O patrimônio líquido também cresceu 6,5% ao longo de 12 meses, refletido em rentabilidade de 11,77% com incremento de 2,76 pontos percentuais (p.p.) em um ano e 1,34 no trimestre. O aumento dos ativos foi influenciado, notadamente, pela alta de 10,7% na Carteira de Crédito Ampliada da Caixa em comparação ao mesmo trimestre do ano imediatamente anterior, totalizando R$ 1,266 trilhão. Quando comparada ao quarto trimestre de 2024, esse crescimento chegou a 2,4%. 

Enquanto isso, o resultado positivo da carteira de crédito decorre do salto no crédito imobiliário (12,7%), agronegócio (9,9%), saneamento e infraestrutura (6,7%), crédito de pessoa jurídica (6%) e crédito comercial de pessoa física (5,5%). A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,49%, com aumento de 0,15 p.p. ao longo de 12 meses, e de 0,52 p.p. em relação ao quarto trimestre de 2024. 

No primeiro trimestre de 2025, as contratações de crédito imobiliário foram 4,6% menor em relação a igual período de 2024, alcançando R$ 49,3 bilhões. Foram financiadas pela Caixa 164,2 mil imóveis, beneficiando 656,7 mil pessoas com acesso à moradia própria, o que gerou mais de 528,9 mil empregos diretos e indiretos. 

O saldo foi para R$ 850,4 bilhões na carteira imobiliária, sendo 12,7% maior que março do ano passado e 2,2%, quando comparado a dezembro de 2024. No período, entretanto, o registro é de R$ 49,3 bilhões em contratações, considerando recursos do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). O dado representa uma redução de 4,6% na base anual, mas um aumento de 4,6% em relação ao último período de 2024.  

As despesas com pessoal, considerando-se a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), diminuíram 2,4% no período de um ano e -3.4% no trimestre avaliado. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 78,8%. 

A Caixa encerrou o trimestre com 83.770 empregadas/empregados, o que representa um aumento de 463 postos de trabalho em relação ao trimestre imediatamente anterior, e uma redução de 3.024 vagas em 12 meses. No trimestre, houve aumento de 1,7 milhão de novos clientes, totalizando 155 milhões. O banco conta com 3.252 agências, uma queda de seis unidades em relação ao trimestre anterior. Em 12 meses, foram encerradas 17 agências. No primeiro trimestre de 2025, houve o fechamento de oito postos de atendimento, 21 unidades lotéricas e 234 unidades de correspondentes Caixa Aqui.