Uma pesquisa nacional realizada pela Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) acendeu um alerta sobre a saúde mental e física dos empregados do banco público. Os resultados preliminares apontam um cenário preocupante de adoecimento, estimulado pela pressão por metas inalcançáveis, insegurança no trabalho e perda de sentido nas atividades diárias.

A divulgação da pesquisa repercutiu também em veículos de imprensa progressistas, que destacaram a gravidade dos dados. O Brasil 247, o Cafezinho, o Diário do Centro do Mundo, a Revista Fórum e o Jornal GGN publicaram matérias com base nas informações da Fenae, ampliando a visibilidade sobre o cenário de adoecimento vivido pelos trabalhadores da Caixa em todo o país. 

De acordo com o levantamento, 55% dos trabalhadores relatam sentir-se pressionados a vender produtos que consideram desnecessários aos clientes. Além disso, 41% afirmam viver sob constante ameaça de descomissionamento. O estudo também revela um aumento da medicalização do trabalho: 32% dos bancários utilizam medicamentos relacionados ao desempenho profissional, enquanto 36% relataram problemas de saúde física e 37% questões de saúde mental nos últimos 12 meses.

Outro dado que chama a atenção é que, pela primeira vez, os afastamentos por saúde mental (58%) superaram os motivados por questões físicas (53%). Em quase 30% dos casos, os afastamentos tiveram duração igual ou superior a seis meses, evidenciando o impacto profundo do adoecimento coletivo. Ainda segundo a pesquisa, 61% dos empregados avaliam que a Caixa não oferece apoio adequado à saúde mental.

Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, os números confirmam o que os trabalhadores já vinham relatando em seu cotidiano. A forma como a gestão da Caixa está organizada tem levado ao esgotamento físico e psicológico, está adoecendo as pessoas. É urgente rever esse modelo de gestão e priorizar políticas que preservem a saúde e a dignidade dos empregados”, afirmou.