Nesta terça, empregados do banco realizam um Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa. Além de reuniões nos locais de trabalho e manifestações nas unidades, a orientação das representações dos empregados é fazer mobilização nas redes sociais.

“As empregadas e empregados já não suportam pagar os valores das mensalidades atuais. Com reajustes ficaria ainda pior. Não vamos aceitar propostas que possam fazer com que empregados fiquem sem plano de saúde por não conseguir pagar as mensalidades”, disse o coordenador da CEE/Caixa, Felipe Pacheco.

“Pedimos que todas as empregadas e empregados se manifestem nas redes sociais e conversem com seus colegas de trabalho, falando sobre o quanto essa proposta é ruim”, complementou.

Pela proposta da Caixa, o reajuste médio nas contribuições dos titulares pode chegar a 57,14%. Para os dependes a 40% e os valores máximos a serem pagos pelas empregadas e empregados sofreria um acréscimo de 71%.

“Nós reivindicamos reajuste zero e o fim do teto de 6,5%. A Caixa tem que aportar recursos no Saúde Caixa. E é necessário que a Caixa faça isso para cobrir o déficit. Nós, empregados, não podemos pagar essa conta. Outra reivindicação que também a Caixa não trouxe para a mesa é em relação aos admitidos pós 2018, a Caixa não apresentou nenhuma proposta", disse  Cardoso, vice-presidente da Fenae e representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG).

Custeio 70/30

Para as representações dos empregados, a porcentagem do modelo de custeio já está se invertendo, com os aumentos dos custos sendo jogados apenas para os empregados arcarem, segundo observou na mesa o coordenador da CEE.

O diretor da Fenae e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações, Rafael Castro, criticou o posicionamento do banco. “Os empregados não têm acordo com essa proposta e com nenhuma outra que gere aumento nas mensalidades. Não adianta a Caixa apresentar qualquer gráfico que mantenha as premissas, mas que repasse a conta para os empregados. Quem tem que resolver esse problema é a Caixa”, reforçou ele.

Reivindicações

Entre as principais reivindicações da categoria estão o reajuste zero nas mensalidades do Saúde Caixa, o fim do teto de custeio de 6,5% da folha e a ampliação da rede credenciada. Confira as propostas já apresentadas ao banco:

. Reajuste zero nas mensalidades do Saúde Caixa.

. Fim do teto de custeio de 6,5% da folha salarial.

. Cumprimento do modelo de custeio 70/30.

. Respeito aos princípios do mutualismo, solidariedade e ao pacto intergeracional.

. Melhoria e ampliação da rede credenciada própria.

. Compartilhamento das redes de outros planos.

. Plano na aposentadoria para contratados depois de 2018.

. Fortalecimento do GT Saúde Caixa.

. Fortalecimento do Conselho de Usuários.

. Maior participação dos usuários e representantes dos trabalhadores na gestão do plano.

. Funcionamento efetivo dos comitês de credenciamento.

. Aporte pela Caixa dos valores pagos a menor.