Em 2025, a Fenae consolidou sua presença no Congresso Nacional como referência quando o assunto é defesa dos empregados da Caixa, dos participantes da Funcef e da própria Caixa como banco público. Ao longo do ano, a Federação ocupou audiências públicas, pressionou por projetos de lei, construiu frentes parlamentares e ajudou a garantir conquistas, como a manutenção da exclusividade do penhor na Caixa e a participação de empregados no conselho curador da Fundação Caixa.

A articulação da Fenae foi fundamental na defesa da exclusividade do Penhor no banco público. Depois de ter participado de audiência pública no Senado em 2024 para explicar a importância social do penhor como crédito acessível à população de menor renda, a entidade acompanhou, em 2025, o debate da proposta na Câmara. A Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE) decidiu pela exclusividade, rejeitando tentativas de abertura desse serviço para outras instituições financeiras. O texto será avaliado pela Comissão de Tributação e Finanças (CTF).

Outra conquista importante foi a emenda que garantiu dois representantes eleitos pelos empregados no conselho curador da Fundação Caixa. A emenda foi elaborada pela Fenae e apresentada pela deputada Erika Kokay, sendo acolhida pelo relator, deputado Luis Tibé (Avante/MG). 

Durante todo o ano, desde o retorno do recesso do Congresso, a Fenae se articulou com os parlamentares para defender os participantes e os fundos de pensão dos interesses do mercado. Em visita aos gabinetes, como o da deputada Erika Kokay (PT/DF), a Federação entregou documento com dados do desempenho do sistema e defenderam seu papel na garantia de aposentadorias dignas. 

Dessa agenda nasceu também o impulso para a criação de uma Frente Parlamentar Mista em defesa das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). Lançada em agosto, a Frente, presidida pelo deputado Tadeu Veneri (PT/PR), tem o objetivo de manter um canal permanente de diálogo entre representantes dos trabalhadores, entidades e o Congresso sobre previdência complementar.  A Frente teve lançamento nas Assembleias Legislativas regionais, como Paraná, Minas Gerais e São Paulo, com participação do presidente Sergio Takemoto.

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No campo tributário, a Fenae transformou em pauta legislativa uma reivindicação antiga dos participantes da Funcef: a dedução integral, no Imposto de Renda, das contribuições extraordinárias pagas para cobrir déficits dos fundos de pensão. Em março, a entidade esteve no Senado para entregar ofícios a gabinetes de diversos senadores defendendo a aprovação do PL 1739/2024, com objetivo de dedução dessas contribuições na declaração anual sem o limite de 12%.

A Comissão de Assuntos Sociais retirou o projeto da pauta, mas a mensagem da Fenae, no entanto, permaneceu firme: os participantes não podem ser duplamente punidos em razão dos déficits da Fundação.

A discussão sobre justiça tributária ganhou novo fôlego com o Projeto de Lei 1087/2025, que elevou a faixa de isenção do IR para rendas de até R$ 5 mil. A Fenae articulou emendas apresentadas pelos deputados Erika Kokay (PT/DF) e Tadeu Veneri (PT/PR) para permitir a dedução integral das contribuições extraordinárias no IR e, ao lado da deputada Laura Carneiro (PSD/RJ), também atuou pela isenção da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). 

As propostas não foram acolhidas pelo relator, mas a entidade consolidou a luta agora por meio do PL 1739/2024 (contribuições extraordinárias) e do PL 581/2019 (isenção da PLR). 

A Fenae atuou também para defender a regulamentação da ultratividade, mecanismo extinto pela reforma trabalhista de 2017 e que garantia a manutenção das cláusulas de acordos e convenções coletivas até a assinatura de um novo documento. A entidade lembrou que, antes da reforma, a convenção coletiva dos bancários e o acordo específico da Caixa eram prorrogados até o encerramento da negociação, protegendo direitos enquanto se construíam novos consensos. 

A preocupação com a saúde dos empregados completou o trabalho da Fenae no Congresso. Em setembro, Sergio Takemoto participou de audiência pública na Câmara sobre adoecimento no setor bancário, convocada pelo deputado Vicentinho (PT/SP). Na ocasião, o presidente da Fenae reforçou que a combinação de metas abusivas, assédio e pressão por resultados tem produzido uma verdadeira epidemia de sofrimento mental entre os trabalhadores.

Em 2026, a Fenae vai manter seu compromisso de ampliar conquistas, evitar retrocessos, aprofundar o diálogo com os parlamentares para que as decisões do Congresso reflitam os interesses dos empregados da Caixa, dos participantes da Funcef, da categoria bancária e da sociedade que depende de uma Caixa forte, pública e social.

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