Há um ano, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) assinou a carta-compromisso com o Ministério das Mulheres para adesão à Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero. No dia 28 de novembro de 2024, o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, reafirmou à então ministra Cida Gonçalves o compromisso da entidade em continuar a luta pelos direitos das mulheres e, com isso, implementar ações com foco no combate a todas as formas de violência de gênero.

Um ano após o dia histórico, a Fenae mostra os principais frutos da iniciativa. A primeira delas foi a criação da campanha Fenae com Elas, que desenvolve ações em parceria com as Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs) e a ONG Moradia e Cidadania de todo o país, com foco no empoderamento de meninas e mulheres. A mobilização inclui diversas medidas junto aos empregados da Caixa associados às Apcefs e o desenvolvimento de projetos sociais voltados para a prevenção e redução dos altos índices de feminicídio no país e das comunidades atendidas pelos projetos de responsabilidade social.

Por meio da campanha Fenae com Elas, foi incluído no Edital 004 de Responsabilidade Social da Federação o eixo de empoderamento de mulheres e meninas, voltado à promoção da equidade de gênero. 

Atualmente, os projetos sociais desenvolvidos nos estados do Amazonas (Empoderar), Maranhão (Sou Porque Somos: Ubuntu na Luta pelo Feminicídio Zero), Minas Gerais (Mulheres fortalecendo o território na perspectiva de gênero), Pernambuco(Modelando o Amanhã- Preservação da Arte do Barro), Piauí (Projeto Caneleiro), Rondônia (Mulheres Conectadas), São Paulo (Entrelaçando Historias e Rendas), Sergipe (Conhecimento que liberta) e no Distrito Federal (Projeto Viva Mulher Segura!) são direcionados exclusivamente para esse eixo, beneficiando, até o final de 2026, cerca de 1.030 mulheres e meninas diretamente e outras 4.010 de forma indireta.

Além dessas nove iniciativas já citadas, os projetos desenvolvidos nos demais 18 estados também têm o compromisso de incorporar ações alinhadas ao eixo de equidade de gênero. Entre essas ações estão palestras, oficinas e atividades formativas que destacam a importância do combate à violência doméstica e do fortalecimento do empoderamento feminino, especialmente nos projetos que atuam nas áreas de inclusão produtiva, educação complementar e segurança alimentar.

Para Sergio Takemoto, “a assinatura da carta-compromisso foi apenas o primeiro passo de uma verdadeira revolução na mudança significativa da postura da sociedade, permitindo que mulheres e meninas reconheçam seu potencial e tenham autonomia financeira”. “Já desenvolvíamos projetos voltados ao empoderamento de mulheres, mas assumir esse compromisso com o apoio da campanha Feminicídio Zero foi fundamental para avançarmos. Nenhuma forma de violência contra as mulheres pode ser tolerada”, finalizou Takemoto.

Outro passo importante foi a disponibilização do acesso aos cursos oferecidos por meio da plataforma Fenae Transforma a todos os beneficiários dos 27 projetos, gestores e entes envolvidos nas atividades. Os cursos dedicados ao universo feminino, às lutas e às conquistas das mulheres ampliam o acesso ao conhecimento e fortalecem a construção de uma rede de proteção para mulheres e meninas, com o objetivo de prevenir a violência doméstica e, principalmente, o feminicídio. A entidade também lançou o curso sobre direitos das mulheres, produzido com a LBS Advogadas e Advogados.

Além das iniciativas, a entidade desenvolveu e participou de diversas ações que possibilitaram debater o tema em âmbito nacional. O exemplo máximo dessa atuação foi a escolha das diretoras da Federação, Rachel Weber (Políticas Sociais) e Rita Lima (Assuntos de Aposentados e Pensionistas), e da presidenta da Associação dos Gerentes da Caixa de São Paulo (Agecef/SP), Fernanda dos Anjos, como delegadas na etapa nacional da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM).

Como delegadas eleitas, elas participaram, ao lado de quatro mil mulheres, dos debates da Conferência organizada pelo Ministério das Mulheres e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, em Brasília, de 28 de setembro a 1º de outubro.

A diretora Rachel Weber reforça o compromisso da entidade em seguir promovendo ações de conscientização e empoderamento feminino para combater todas as formas de violência de gênero. “Infelizmente, o país ainda apresenta números alarmantes em relação à violência de gênero e ao feminicídio. Neste ano, temos implementado, em todos os estados brasileiros, a semente. É preciso que a sociedade entenda que proteger a vida das mulheres é um dever coletivo, que vai além de simplesmente ligar para a polícia após o crime”, disse. “É isso que estamos fazendo com o Fenae com Elas”, complementa Rachel.

Na avaliação da diretora de Impacto Social, Giselle Menezes, neste primeiro ano após a assinatura da carta-compromisso, as ações voltadas à proteção da vida das mulheres já apresentam resultados positivos. “Temos desenvolvido ações em todas as 27 unidades da Federação para proteger a vida das mulheres atendidas. Dá orgulho ver toda essa revolução feminina proporcionada pelos projetos da Fenae”, ressaltou Giselle.