Na tarde desta segunda-feira (28/04), o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, participou, ao lado de diversas entidades representativas dos bancários de todo o Brasil, da mobilização para a grande Marcha da Classe Trabalhadora, que será realizada amanhã (29), na Esplanada dos Ministérios, a partir das 9h.

O evento foi realizado no Teatro dos Bancários, em Brasília, e contou com o Seminário Ampliado do Comando Nacional dos Bancários, reunindo entidades como a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), além das federações e sindicatos de bancários de cada estado.

Entre os principais pontos da reivindicação da classe trabalhadora, estão o fim da escala 6x1, a redução da jornada de trabalho sem diminuição de salário, a isenção do imposto de renda para quem recebe até 5 mil reais, além da isenção do Imposto Renda sobre a PLR. A valorização do serviço público nas esferas municipal, estadual e federal é mais um ponto de reivindicação. 

Outras bandeiras importantes incluem o fim do confisco de salários, a manutenção do Regime Jurídico Único, a regulamentação da negociação coletiva, a valorização da agricultura familiar, o cumprimento da lei da igualdade salarial entre homens e mulheres, além do combate ao racismo e à LGBTQIA+fobia.

O presidente da Fenae Sergio Takemoto falou sobre a união das categorias para a realização da Marcha. “Temos uma pauta de reivindicação extensa. Neste momento, é muito importante mostrarmos a unidade e a força da classe trabalhadora defesa das suas pautas para garantir direitos e pressionar o Congresso Nacional para que atenda nossas reivindicações”, cobra Takemoto. 

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira,  destacou que a mobilização é importante para defender os direitos não apenas da categoria bancária, mas de todos os trabalhadores brasileiros. “Essa marcha é importante porque vamos reivindicar o fim da escala seis por um, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a redução da jornada de trabalho. Vamos defender também a isenção do Imposto de Renda na PLR. Essa mobilização é fundamental para mostrarmos a unidade e a força da classe trabalhadora na luta por suas pautas”, destacou a líder da Contraf-CUT.

Coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Neiva Ribeiro  falou sobre a importância da Marcha dos Trabalhadores como estratégia de pressão política em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Ela destacou a unificação das centrais sindicais em torno de uma plataforma que reúne pautas legislativas e judiciais fundamentais para a categoria e para os trabalhadores em geral.

"Reunimos as pautas legislativas e as ações que estão no Supremo Tribunal Federal que impactam diretamente os trabalhadores e trabalhadoras. Vamos pressionar o poder público para legislar a nosso favor, com propostas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a tributação dos super-ricos e a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Se a gente não for para a rua, não fizer pressão, não marchar e não levantar nossas bandeiras, não seremos ouvidos, ressaltou Neiva.

O coordenador da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e diretor da Fenae, Rafael Castro, destacou a importância da mobilização para avançar nas reivindicações dos bancários. Ele ressaltou uma conquista significativa obtida na campanha de 2024: o avanço na promoção da equidade de gênero dentro da Caixa Econômica Federal. Para ele, garantir espaços de liderança para as mulheres é essencial para fortalecer a luta por igualdade e justiça no ambiente de trabalho.

“Um dos grandes avanços que tivemos na campanha de 2024 foi conseguir que a Caixa fizesse uma proposta de alteração do estatuto para reservar 30% dos cargos de alta direção para as mulheres. Embora existam projetos de lei tratando desse tema, conseguimos aqui consolidar essa mudança como uma decisão de gestão. Ainda entendemos que 30% é pouco, considerando que as mulheres representam metade do quadro de trabalhadoras, mas esse é um passo importante que fortalece nossa luta por mais representatividade", afirmou Rafael Castro.

O presidente do Sindicato dos Bancários do DF, Eduardo Araújo, falou da satisfação em receber o evento.  “É uma honra para o Sindicato dos Bancários de Brasília receber o Comando Nacional dos Bancários, ampliados por todas as trabalahdoras e trabalhadores sindicalizados do país inteiro para que a gente possa ampliar essa luta”, destacou. 


Confira a Programação

A concentração será às 8h, no estacionamento do Teatro Nacional/Praça da Cidadania. Às 9h, será realizada a Plenária dos trabalhadores e trabalhadoras. Às 10h30, a saída da Marcha rumo ao Congresso Nacional, onde a pauta será entregue à Câmara dos Deputados e ao Senado.