A crise humanitária da população Yanomami expôs à sociedade o impacto da política de apagamento de povos originários do Brasil protagonizada pelo no governo Bolsonaro. Ciente da situação de vulnerabilidade alimentar, sanitária e de grave desnutrição em que se encontravam os Yanomamis, o então chefe do executivo decidiu cortar a distribuição de comida para a região. Além disso, mesmo sendo informado do aumento do garimpo na terra indígena, suspendeu as fiscalizações de combate ao garimpo.

O grito de socorro dos povos indígenas ecoou na Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, que junto os com as Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs), lançou em janeiro a campanha SOS Yanomami. A Organização Não Governamental, Moradia e Cidadania, criada pelos empregados da Caixa, também se juntou à ação para ampliar a atenção aos indígenas.

Os empregados da Caixa que contribuem com a campanha, para além da solidariedade, mostram a força da sua atuação. Novamente, os trabalhadores foram convocados pelo banco público para atuar em uma crise, desta vez humanitária. Principal operadora de políticas públicas do país, a Caixa Econômica Federal foi chamada para socorrer a população indígena de Roraima e Amazonas. A pedido da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a parceria entre o banco público e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) instalou duas agências do banco e uma Casa Lotérica para atendimento especializado aos indígenas nos estados. E são esses trabalhadores da Caixa que têm a missão de levar dignidade aos indígenas que sofreram com a falta do Estado.

A Caixa reforça seu caráter imprescindível para a população brasileira. Muito mais que atividades bancárias, a estatal existe para operar o social, atender a população em toda a sua especificidade e fortalecer o desenvolvimento do país. Foi assim durante a pandemia e será agora com os povos originários. Os empregados fizeram esforço hercúleo para atender os beneficiários do auxílio emergencial, sem nenhum planejamento do governo federal.

Investir na área social é crucial para garantir a saúde e o bem-estar dos Yanomamis. A vitória de um governo democrático salvou a vida da população Yanomami em Roraima. Por meio do governo eleito em outubro de 2022, o direito dos que mais precisam volta a ser garantido no Brasil.

Neste mesmo caminho, a Caixa aos poucos vem retomando o papel que está em seu DNA, o de investir no social. O empregado da Caixa nunca esqueceu a sua responsabilidade para com a população, mesmo durante os anos sombrios.

Diante desse novo chamado e de uma esperança governamental, o que todo empregado Caixa precisa agora é ser valorizado. Os trabalhadores do maior banco público da América Latina precisam de um ambiente saudável, sem assédios e sem sucateamento dos locais de trabalho. É dessa forma que os empregados irão atender ainda melhor os povos originários, os Yanomamis e toda a população brasileira.

Artigo publicado originalmente na Carta Capital no dia 16 de fevereiro de 2023.