Por maioria, a Diretoria Executiva da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) decidiu apoiar a chapa 2 “Movimento pela Saúde" para eleição do Conselho de Usuários do Saúde Caixa. A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (17/12), durante reunião on-line com os diretores da entidade.

A campanha das chapas teve início na segunda-feira (15/12) e segue até o dia 16 de janeiro de 2026. A votação ocorrerá entre os dias 13 e 16 de janeiro. Já a posse do novo Conselho está prevista para o mês de março, em data ainda a ser definida.

Durante o encontro, o diretor de Saúde e Previdência da entidade, Leonardo Quadros, apresentou informes sobre temas centrais para os empregados da Caixa com articulação da Fenae, com destaque para o Saúde Caixa e para o novo regulamento do programa Super Caixa.

Leonardo relatou a recente reunião do Grupo de Trabalho (GT) com a Caixa. Para ele, os dados do Saúde Caixa confirmam um cenário preocupante e reforçam a necessidade de intensificar a campanha pela alteração do estatuto e pela revogação do teto de gastos do plano.

O diretor destacou ainda que, embora o acordo com a Caixa ainda não tenha sido assinado, a proposta aprovada pela maioria das bases garante que não haverá reajuste nem cobrança extraordinária em 2026, o que demonstra que o resultado da mobilização é positivo.

Outro ponto de pauta destacado pelo diretor, Leonardo Quadros, foi a reunião com a com a vice-presidente de Pessoas da Caixa (interina), Cintia Lima Gonçalves Teixeira, da qual participaram também o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, e a diretora de Políticas Sociais, Raquel Weber. No encontro, a Fenae apresentou a cartilha sobre as condições de saúde dos empregados, baseada em pesquisa recente, e discutiu outros temas, com destaque para o Super Caixa.

Vendeu/Recebeu 

A diretoria defendeu a mobilização para adesão dos empregados para a assinatura do abaixo-assinado lançado pela Fenae, Contraf-CUT e Apcefs para pedir mudanças no Super Caixa. De acordo com Quadros, o novo programa enfrenta rejeição entre os empregados do banco. 

“O regulamento definido unilateralmente pela direção do banco passou a exigir o cumprimento de diversos indicadores, muitos dos quais fogem à gestão dos empregados, o que dificulta o recebimento das comissões pela venda de produtos e do bônus Caixa. Além disso, a Caixa demonstra pouca disposição para discutir ou rever esses parâmetros, o que, na avaliação da Fenae e da Comissão de Executiva dos Empregados, representa um grave retrocesso”, explicou Leonardo Quadros. 

O abaixo-assinado tem por objetivo mobilizar os empregados e pressionar a Caixa a rever os critérios e os chamados “pedágios” do programa. Segundo o diretor, em 2021, após mobilização dos empregados e atuação das entidades, a Caixa reviu critérios já estabelecidos, mesmo após o pagamento já efetuado, ampliando o alcance do programa.

Leonardo defendeu que a iniciativa seja referendada pela diretoria da Fenae e pediu o engajamento de todos na divulgação da campanha, para que o movimento ganhe força. Segundo ele, o Super Caixa se tornou, hoje, um dos principais focos de insatisfação entre os empregados da rede ocupantes das maisndiversas funções, o que torna a mobilização ainda mais necessária.