Na Fenae e na Apcef/RJ, em parceria com a ONG Moradia e Cidadania, o processo de inclusão digital é essencial para o crescimento econômico e social sustentável do país. No Rio de Janeiro, alinhado à ODS 4 da ONU, o projeto “Educação em rede: tecendo o futuro” direciona o olhar para o ensino inclusivo, equitativo e de qualidade, promovendo oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para crianças, adolescentes e até adultos em situação de vulnerabilidade. 

Com base nessa agenda, e tendo a referência do Dia Nacional de Alfabetização (14 de novembro), a Fenae, a Apcef/RJ e a ONG Moradia e Cidadania uniram forças para desenvolver o projeto carioca, com o intuito de reforçar a esperança por um futuro melhor a crianças e adolescentes de comunidades da capital.

O foco é a inclusão social e o desenvolvimento sustentável da comunidade de Rio das Pedras (RJ), surgida com trabalhadores nordestinos que ajudaram a construir a Barra da Tijuca e tornou-se um símbolo de resistência e trabalho. As ações são voltadas à melhoria da educação, à capacitação profissional em informática e ao empoderamento econômico de mulheres, utilizando, para isso, a ferramenta do artesanato. 

WhatsApp Image 2025-11-11 at 20.05.46.jpeg


Além da alfabetização e do reforço escolar em leitura e escrita, o projeto “Educação em rede: tecendo o futuro” quer ainda transformar a realidade local, ampliar as oportunidades de emprego, fortalecer a autonomia financeira e incentivar o empreendedorismo, notadamente entre os grupos mais vulneráveis. 

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), o principal desafio é investir na educação infantil. “Uma das missões do Movimento Solidário, programa de responsabilidade social da Fenae e das Apcefs, é fomentar iniciativas que contribuam para a redução do atual cenário do ensino escolar e tragam esperança de um futuro mais inclusivo e com mais educação”, declara.

O presidente da Apcef/RJ, Paulo Cesar Matileti, considera o projeto carioca muito importante por envolver crianças, adultos e a área de tecnologia, possibilitando ainda o aprendizado das chamadas ‘pessoas invisíveis’. “Por aqui, a iniciativa de responsabilidade social está fazendo sucesso e ajudando muita gente. Oferece oportunidades no mercado de trabalho e melhora não só o índice educacional, mas também a capacidade intelectual, social, cultural e econômica dos beneficiários”, reitera.

“No Rio, o projeto sobre educação de qualidade abrange também a parte da alimentação, com lanche para crianças. São três frentes de melhoria de vida: a inclusão digital, o reforço escolar para menores (entre 7 e 14 anos) e a melhoria de renda para um grupo de mulheres”, afirma Lea Suzana Scheinkman, gerente administrativa da Coordenação Estadual da ONG Moradia e Cidadania no Rio de Janeiro. Ela diz que a educação é tudo, pois melhora a autoestima e serve de espaço de encontro entre gerações.
   
Destaque para a educação inclusiva

WhatsApp Image 2025-11-11 at 20.01.39.jpeg

A iniciativa carioca integra o edital 4 de responsabilidade social da Fenae e das Apcefs, e tem duração de dois anos: iniciou-se em fevereiro de 2025 e será concluída em dezembro de 2026. São aprendizagens baseadas em alfabetização e reforço escolar para 350 beneficiários diretos, com igual número de 350 para contemplados indiretos.  

Os oito projetos educacionais voltados para a educação inclusiva e a promoção da cidadania, que recebem apoio do edital 4 de responsabilidade social da Fenae, das Apcefs e da ONG Moradia e Cidadania, são: “Laborar para Transformar” (Acre), “Integração” (Espírito Santo), “Rumo à Cidadania e Qualidade de Vida” (Mato Grosso do Sul), ”Plié na Ponta do Lápis” (Paraíba), “Futuro Sustentável” (Paraná), “Educação em rede: tecendo o futuro” (Rio de Janeiro), “Fé e Alegria do Brasil” (Roraima) e “Educar para a Paz” (Santa Catarina). 

Ao todo, os beneficiados pelos oito projetos chegam a 1025 pessoas diretamente e 1990, indiretamente.