Com o tema “Um Outro Mundo Possível”, começou neste sábado (23) e vai até o dia 31 de janeiro o Fórum Social Mundial (FSM) 2021. Por ser todo virtual, em razão da pandemia, a tradicional marcha de abertura deu lugar a exibição de vídeos e depoimentos das lutas sociais do mundo em prol de justiça social, econômica, democracia e bem viver. A abertura começou à meia-noite deste sábado e vai durar 24 horas.
O Fórum Social Mundial é um contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que reúne os grandes capitalistas do mundo e será realizado no mesmo período em Davos, na Suíça.
O painel global de abertura debateu o tema “Qual o mundo que queremos hoje e amanhã? – Não é o mundo de Davos!”. O ex-presidente Lula participaria do painel, mas ainda se recupera da Covid 19. Ele deixou o seu recado, que foi transmitido pelo jornalista Carlos Tibúrcio. “O ex-presidente Lula nos disse que não se pode prever ainda que mundo teremos no pós-pandemia. Ele acredita que o Fórum Social Mundial é uma voz de esperança para a humanidade, para que tenhamos um mundo melhor. Lula afirma que em breve estará junto conosco nas lutas por um outro mundo possível, por um Brasil democrático e justo”, disse Tibúrcio, que também é cofundador do Fórum Social Mundial.
Outros líderes mundiais participaram do painel - Aminata Dramane Traoré, escritora e ex-ministra do Mali; Miriam Miranda, indígena hondurenha; Yanis Varoufakis, economista e político grego, membro da Frente Internacional Progressista; Leila Khaled (Palestina); Ashish Kothari (Índia, “TecidoGlobal de Alternativas”); e Melike Yasar (Mulheres do Curdistão).
Para Aminata Traoré, é urgente a necessidade de reeducar os olhares do mundo sobre os povos. Ashish Kothari falou sobre a crise da vida em todo o planeta e a importância da união de todas as forças de resistência para defender um mundo com justiça social.
Os participantes também falaram sobre a luta de seus países pela democracia, discutiram o avanço da extrema direita no mundo, o desrespeito dos direitos civis, a destruição ambiental no planeta e o agravamento das desigualdades antes, durante e após a pandemia.
Nesta edição, o Fórum Social Mundial vai discutir sete eixos temáticos - Paz e Guerra; Justiça Econômica; Educação, Comunicação e Cultura; Feminismo, Sociedade e Diversidade; Povos Originários e Ancestrais; Justiça Social e Democracia; Clima, Ecologia e Meio Ambiente. Os debates sobre estes temas estão programados entre as 14h e 16h nos seis dias de evento.
Fenae no FSM 2021 – A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) terá participação ativa no Fórum. A entidade será representada pelo presidente Sergio Takemoto; pelos diretores Rachel Weber (diretora de Políticas Sociais) e Dionísio Siqueira (Região Sudeste) e pela conselheira fiscal e representante dos empregados, Rita Serrano.
Confira a programação:
28/1 (quinta-feira), a partir das 15h - Debate “O teletrabalho e a aceleração das transformações tecnológicas nos bancos no Brasil”, realizado pela Contraf/CUT, Seeb/SP e Dieese. As entidades vão falar sobre uma pesquisa nacional com 8.560 bancários e bancárias de todos os estados da Federação, que estão trabalhando ou já trabalharam em regime de home office. O objetivo da pesquisa foi conhecer as condições de trabalho da categoria no teletrabalho.
28 de janeiro (quinta-feira), a partir das 17h - Oficina “Defesa da Caixa e do Banco do Brasil frente aos ataques neoliberais do governo Bolsonaro”, realizada pela Fenae, em parceria com a Contraf/CUT e o Seeb/SP. A oficina vai explicar os ataques do gocerno Bolsonaro as tentativas de privatização sofridas pelos bancos públicos mesmo num momento em que Caixa e Banco do Brasil se mostraram imprescindíveis para ajudar a sociedade a enfrentar a crise da pandemia
29/1 (sexta-feira), a partir das 15h - Oficina ‘Basta! Não irão nos calar!”. O Seeb/SP fará uma apresentação sobre o canal de denúncias para as bancárias vítimas de violência, conforme acordo assinado em março deste ano e incorporado às Cláusulas 48 a 54 da Convenção Coletiva de Trabalho 2020-2022, importantes conquistas para as mulheres bancárias se sentirem seguras e protegidas.
29/1 (sexta-feira), a partir das 17h - Oficina “O papel dos bancos públicos na retomada econômica e social pós-pandemia”, também organizada pela Fenae, Contraf/CUT, Seeb/SP e UNI Américas Finanças. A oficina vai debater a importância dos bancos públicos para sair da crise e do Estado e de um modelo político, econômico, social e cultural que intervenha para equilibrar as desigualdades.
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