A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) orienta os empregados da Caixa Econômica Federal que são associados às Apcefs a se inscreverem na edição 2021 do Fórum Social Mundial (FSM), que acontece no período de 23 a 31 de janeiro e será totalmente on-line, devido às dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19. O evento, definido como “uma voz de esperança e um espaço de articulação para os movimentos e organizações sociais criarem resistência e alternativas ao modelo da globalização neoliberal”, marca os 20 anos da primeira edição, em Porto Alegre (RS), em 2001, e servirá de contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que reúne as grandes corporações capitalistas do mundo, a ser realizado no mesmo período em Davos, na Suíça.
As inscrições continuam abertas, são gratuitas e podem ser feitas individualmente ou coletivamente pela página do FSM virtual 2021 . É possível inscrever uma organização, movimento social ou coletivo, uma atividade ou ainda uma iniciativa mais duradoura. Para participar, entretanto, é necessário criar uma conta de usuário com login e senha no site oficial, confirmar alguns dados para acessar as informações e atividades, cadastrar as iniciativas. No site oficial, é possível ainda acompanhar a programação completa e conferir a relação de palestrantes, além de cadastrar propostas e iniciativas para serem discutidas.
Depois da abertura neste sábado (23), com a marcha virtual por direitos, justiça, democracia e bem-viver, além de exibição de vídeos das lutas sociais no planeta, muitos painéis temáticos irão acontecer até o dia 31 de janeiro, quando se encerram as atividades do FSM virtual 2021. Durante essa marcha, será realizado o painel global de abertura, com seis grandes lideranças sociais e políticas de alcance mundial, sob o lema “Qual o mundo que queremos hoje e amanhã?”.
Os bancários inscritos no evento terão a chance de participar de oficinas relacionadas ao mundo do trabalho e ao sistema financeiro nacional. No dia 28 de janeiro, a partir das 20h, como parte da temática da democracia e da justiça social e econômica, ocorre a oficina sobre “O papel dos bancos públicos na retomada econômica e social pós-pandemia”, organizada pela Fenae, Contraf/CUT, Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e UNI Américas Finanças. A duração prevista é de 90 minutos.
No dia seguinte, em 29 de janeiro, sempre às 20h, “A defesa da Caixa e do Banco do Brasil frente aos ataques neoliberais do governo Bolsonaro” será o tema de uma outra oficina do Fórum Social Mundial 2021 no formato virtual. A Fenae se junta à Contraf/CUT e ao Seeb/SP na organização desse debate, previsto para durar por 90 minutos.
Na quarta-feira da próxima semana (28), a partir das 18h, a Contraf/CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, em parceria com a Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), promovem um debate virtual sobre “O teletrabalho e a aceleração das transformações tecnológicas nos bancos no Brasil”. Um dos focos dessa oficina é identificar as prioridades da categoria bancária para a negociação com as instituições financeiras, no intuito de se obter uma regulação do home office, durante e após a pandemia.
Também está prevista a apresentação pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo sobre o atendimento nos casos de violência doméstica contra bancárias, relacionando-a com a cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), firmada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
A versão 2021 do Fórum Social Mundial também será marcada por cinco painéis temáticos, com abordagem sobre paz e guerra, justiça econômica, educação, comunicação e cultura, feminismo, sociedade e diversidade, povos originários e ancestrais, justiça social e democracia, além de clima, ecologia e meio ambiente. Esses debates estão programados entre as 14h e 16h e acontecem em seis dias de evento.
No dia 30, por exemplo, será a vez das assembleias de convergências, com articulações, ações, lutas e campanhas políticas globais. No dia 31, o último do FSM 2021, duas atividades estão previstas: o da Ágora dos Futuros, que irão definir as lutas sociais para o próximo período, e a cerimônia de encerramento, com o anúncio da próxima edição do Fórum, planejada para o México, mas ainda sem data definida em função da pandemia.
Portanto, o Fórum Social Mundial 2021 será um evento extraordinário, voltado para debater e possibilitar respostas políticas globais e locais aos graves e urgentes desafios desta conjuntura mundial, na qual profundas crises do capitalismo se superpõem e se realimentam. Assim, na perspectiva de que outro mundo é possível, necessário e urgente, esse evento pretende contribuir para a consolidação de todas as forças de resistência em defesa de uma sociedade planetária com justiça social, econômica e ambiental, em um período de agravamento do autoritarismo, da espoliação e da repressão política e social sem paralelo em todos os continentes.
Desde que foi criado em janeiro de 2001 em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (Brasil), o Fórum Social Mundial tem sido o mais amplo processo na luta contra o capitalismo neoliberal e em defesa do patrimônio público, reunindo movimentos sociais, sindicais, culturais, progressistas, anti-imperialistas, feministas, ambientalistas, indígenas e de povos ancestrais, além de muitos outros.