No último domingo, 28 de agosto, foi comemorado o Dia do Bancário. Nesta mesma data completou-se dois meses que explodiram as denúncias de assédio sexual contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. São 60 dias marcados pela morosidade da apuração dos relatos de empregadas que se tornaram públicos no dia 28 de junho, por meio da imprensa. Assédio Sexual constitui crime previsto no Código Penal e como tal deve ser rigorosamente punido.  

Denúncias tão graves não podem cair no esquecimento. A saída de Pedro Guimarães da presidência do banco foi importante para assegurar que as apurações por parte da gestão fossem realizadas sem a interferência do principal acusado. Entretanto, esta não pode ser a única resposta da Caixa aos fatos denunciados. 

As entidades representativas dos empregados da Caixa têm cobrado esclarecimentos da atual direção sobre a apuração interna das denúncias e quais medidas estão sendo adotadas para coibir esta prática e mecanismos para proteger as trabalhadoras vítimas de assédio sexual. 

A banalização do assédio, historicamente, tem contribuído de forma decisiva para a impunidade de agressores. Não podemos permitir que isso se repita na Caixa, uma empresa reconhecida por sua atuação social em prol da redução das desigualdades sociais.  

Vivemos tempos em que a sociedade clama por respeito aos direitos das mulheres e repudia todas as formas de violência.  

O Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) vem a público manifestar apoio e solidariedade às empregadas vítimas de assédio e cobrar da direção do banco e do Ministério Público Federal agilidade na apuração das denúncias e que, em caso de comprovação, os responsáveis sejam penalizados. 

Assédio na Caixa Nunca Mais! 

 

CDN da Fenae