"Nós temos que lutar para que a Caixa continue sendo uma empresa do povo brasileiro e não uma Caixa em que o governo tenta, a todo momento, destruir seu papel social". A reivindicação foi do presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, durante o ato em comemoração aos 161 anos do banco público.

A mobilização, que aconteceu na quarta-feira (12), em frente à Matriz I da Caixa, em Brasília (DF), reuniu entidades representativa dos trabalhadores e representantes de movimentos por moradia. Também participaram do ato o presidente da Apcef/DF e diretor da região Centro-Oeste da Fenae, José Herculano (Bala); a ex-diretora da Fenae e diretora geral do Sindicato dos Bancários de Brasília, Marlene Dias; o presidente do PT/DF, Jacy Afonso; o diretor da Fetec-CUT/CN, Wlamir Martines.

Takemoto reforçou ainda a importância da Caixa para os brasileiros. "A Caixa representa para toda população brasileira a possibilidade de realizar um sonho. O sonho da casa própria, do diploma universitário, o sonho de uma vida melhor para toda a população". Ainda segundo o presidente da Fenae, o governo tem destruído o sonho dos brasileiros ao vender as partes lucrativas da Caixa. "O governo está destruído a capacidade da Caixa de gerar políticas públicas", finalizou.

O diretor de Formação da Fenae, Jair Pedro Ferreira, destacou a atuação dos empregados na construção de 161 anos de um banco público. "O papel que cada trabalhador desempenha e desenvolve, veste a camisa, defendendo esse grande patrimônio que é construído pelas mãos de todos nós empregados. A gente sempre lembra que em dezembro de 2014 éramos em 101 mil empregados e já perdemos 20 mil postos de trabalho nesses últimos anos. Não podemos concordar com essa diminuição da empresa", avaliou Ferreira.

O relatório do terceiro trimestre de 2021 da Caixa mostra 84.751 empregados no quadro da empresa. Em julho de 2021, o banco anunciou a contratação de quatro mil novos empregados - três mil seguem dependendo de autorização da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) e mil serão chamados após novo concurso público.

A diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber, destacou a importância de todos os empregados defenderem a Caixa 100% pública. "A Caixa é um banco que realmente atende o povo brasileiro. A gente defende não só a Caixa, mas também para que os programas sociais voltem a resgatar a dignidade do povo brasileiro".

Grande defensora da Caixa, a deputada Érika Kokay (PT/DF), destacou as pautas de privatização do governo e da direção da Caixa, como a do banco digital. Erika reforçou ainda que cada uma das ameaças tem sido derrubada pela união dos trabalhadores e da sociedade. "Eles não sabem a força que essa empresa tem em todos os cantos do país. Por que em todos os cantos as pessoas se levantam e dizem: nós precisamos da Caixa pública. E ela continuará pública para exercer a sua função", reforçou a deputada.

O banco da habitação

Representante da Central de Moradias Populares (CMP), Arides Almeida, reforçou a relevância da Caixa como o banco da habitação. “Nós estamos aqui não apenas para participar desse ato de aniversário, mas é um ato de resistência. É a Caixa que financia moradia para quem mais precisa, financia para todas as faixas salariais, mas também está presente na construção de casas para os mais pobres”, afirmou.

O papel social da Caixa também foi exaltado pelo representante da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Juscelino Lobo. “Queremos, junto com os empregados, que a Caixa volte para o social e que tenhamos a oportunidade de construir para o povo brasileiro mais projetos sociais. Neste contexto, conclamamos o povo brasileiro para não permitir que essa instituição vá para outros segmentos se não o social”.

 

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